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Esculpir em argila

Gabriel Ferreira da Silva

A imagem do esculpir em Argila como modo de enfrentamento do absurdo, usada por Camus, serve de motto para Gabriel Ferreira da Silva apontar a resposta de Camus ao niilismo do absurdo e de sua falsa solução, o suicídio, tal como é abordado em O Mito de Sísifo. A passagem do mito à revolta de O Homem Revoltado indica a rota de sua ética da paixão. Esse ato estético de esculpir, numa matéria finita e frágil, o sentido possível (estabelecendo a estética no coração da vida ética) enlaça paixão e uma certa concepção de natureza humana, concepção esta que se constitui como um ato do cuidado com a paixão. O cuidado estético com a agonia da busca de sentido é, em Camus, um valor, valor último e possível para um homem que arrasta, ao longo da vida, seu cadáver nas costas. Enfrentamos esse cadáver afirmando nossa revolta contra o silêncio do mundo.

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Psicologia e ética o desenvolvimento da filosofia do psíquico de franz brentano

Evandro Oliveira de Britto

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O livro Psicologia e ética: o desenvolvimento da filosofia do psíquico de Franz Brentano é o resultado de uma minuciosa pesquisa de doutorado. Pioneira em língua portuguesa, essa pesquisa inaugurou os estudos sobre a ética da preferência, a qual foi desenvolvida pelo filósofo alemão Franz Brentano (1838-1917) por meio de sua filosofia do psíquico. Não se trata, apenas, de mais uma discussão sobre os princípios que determinam a ação de modo problemático, assertórico ou categórico. Para além dos fundamentos que instituem a clássica oposição entre a ética deontológica e a ética utilitarista, a ética brentaniana da preferência fundou uma perspectiva meta-ética de análise e, em função dessa nova perspectiva, propôs a superação das teorias éticas baseadas no sentimento moral por uma teoria ética baseada no conhecimento moral. As investigações realizadas pelo pesquisador Evandro O. Brito explicitam, não apenas a estrutura dessa ética cognitiva baseada na descrição brentaniana dos atos psíquicos preferência, mas também apresentam as mudanças e os aprimoramentos fundamentais realizados por Franz Brentano em sua filosofia do psíquico, com o propósito de garantir a plausibilidade de sua teoria. Trata-se, portanto, de uma publicação que preenche uma lacuna dos estudos sobre ética em língua portuguesa. Pois, como afirmou o filósofo inglês George Moore, “esta (a teoria ética de Franz Brentano) é de longe a melhor discussão acerca dos princípios mais fundamentais da ética do que qualquer outra que eu já conheci. O próprio Brentano está plenamente consciente de que fez um grande avanço na teoria da Ética (...) e sua convicção tanto na originalidade, como no valor do seu próprio trabalho, está completamente justificada” (1903, p. 115).

Wittgenstein's Philosophical Development: Phenomenology, Grammar, Method, and the Anthropological View

Mauro Engelmann

The book explains why and how Wittgenstein adapted the Tractatus in phenomenological and grammatical terms to meet challenges of his 'middle period.' It also shows why and how he invents a new method and develops an anthropological perspective, which gradually frame his philosophy and give birth to the Philosophical Investigations.

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Reading Wittgenstein's Tractatus

Mauro Engelmann

This Element presents a concise and accessible view of the central arguments of Wittgenstein's Tractatus Logico-Philosophicus. Starting from the difficulties found in historical and current debates, drawing on the background of Russell's philosophy, and grounded in the ladder structure expressed in the numbering system of the book, this Element presents the central arguments of the Tractatus in three lines of thought. The first concerns the role of the so-called 'ontology' and its relationship to the method of the Tractatus and its logical symbolism, which displays the formal essence of language and world. The second deals with the symbolic unity of language and its role in the 'ladder structure' and explains how and why the book is not self-defeating. The third elucidates Wittgenstein's claim to have solved in essentials all philosophical problems, whose very formulation, he says, rests on misunderstandings.

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